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O álcool é uma droga. Tal qual várias outras que são proibidas. Com mais semelhanças do que diferenças. E as drogas tem efeitos colaterais. Não é só alegria. Se você tomar algum medicamento que cause efeitos colaterais como perda de memória, vômitos e etc… você não pararia de tomar?! Você pararia de usar qualquer outra droga que lhe desse um efeito tão ruim e fizesse você perder ou prejudicar a relação com quem vc ama. Certo? então por que não parar de usar álcool? Pense um pouco… porque beber? É a euforia momentânea? É a ilusão do relaxamento temporário? É o seu senso de identidade? ("Sou uma pessoa que bebe, quem não bebe é chato e careta! Será? Será que não dá pra simplesmente não beber e ser legal?") A sociedade criou uma imagem tão ruim de quem tem problema com álcool que as pessoas tem vergonha de se identificar com isso e de buscar o tratamento de que realmente precisam! SER SÓBRIO É NORMAL.
Os índices de pessoas acometidas pela depressão estão aumentando. Quando falamos em depressão, não nos referimos às pessoas que estão passando por momentos de tristeza e que, em poucas semanas melhorarão espontaneamente, mas sim àquelas cujos sintomas passam a interferir de forma significativa em sua vida, causando sérios prejuízos. Todo tipo de depressão pode apresentar níveis de gravidade variáveis, que se traduzem basicamente na intensidade de seus sintomas e, consequentemente, nos riscos que representam para a vida (ou para a saúde) do paciente e das pessoas de seu convívio. Tais níveis são classificados em leve, moderado e grave. A doença depressiva é bem mais comum do que se imagina e pode se manifestar de formas bem diversas. Mas todas elas trazem intenso sentimento de tristeza por períodos maiores ou menores, deixando marcas profundas na vida de quem por ela é acometida. Independentemente do grau da doença (leve, moderada, grave), a depressão tem tratamento. Quanto maior o conhecimento sobre depressão e dos riscos de suicídio, maiores as chances de prevenção. Mentes depressivas: as três dimensões do século / Ana Beatriz Barbosa Silva – 1ª edição – São Paulo: Principium, 2016. 44.625
O simples questionamento de nossas crenças nos provoca raiva; por isso, nos esquivamos do debate de temas sensíveis à nossa incapacidade de argumentação e tentamos desqualificar, não os argumentos, mas a pessoa do interlocutor. Não o fazemos de caso pensado, mas de modo automático, doutrinário. Nossa mente foi moldada para crer em dogmas e pensar de modo dogmático. Vale lembrar que ?dogma? é um termo grego, cujo significado literal é: ?o que se pensa é verdade?; crença ou convicção ensinada como ?verdade? inquestionável e indiscutível, e a dúvida ou recusa do dogma é motivo de exclusão do indivíduo de sua comunidade. Desse modo, é fácil entender nosso amplo repertório de soluções óbvias e ineficazes para os desajustes alheios e a escassez de autocrítica. A mentalidade dogmática inibe o bom senso e desativa o dom natural de questionar. Tal padrão circunscrito de pensamentos nos leva a agir como os donos da verdade. Uma ideia plantada e nutrida na mente infantil chegará à idade adulta fortalecida, enraizada e frondosa, impossível de ser removida sem ajuda externa. A resistência em modificar comportamentos é uma autêntica fonte de estresse crônico e motivo de desgaste nas relações interpessoais. Na raiz do problema, temos, em nossa história de vida, uma aprendizagem errônea. Somos ensinados a não aceitar nossas emoções, especialmente os sentimentos de frustração. Desse modo, não sabemos lidar com situações quando as coisas não acontecem de acordo com as nossas expectativas. Diante das frustrações, dramatizamos, gastamos muito tempo e energia tentando impor aos outros o nosso ideal de comportamento. O outro, por sua vez, resiste, insiste em nos impor a sua. O resultado é a manutenção da disputa e um crescente acúmulo de insatisfação recíproca ? um escoadouro para a admiração e o respeito. As disputas inter-relacionais são caracterizadas por jogos de manipulações. Todos tentam manipular uns aos outros, mas só percebemos tais movimentos nos outros. A noção de jogo de poder implica a ideia de vitória. Passamos a enxergar o outro como oponente e, por consequência, nutrimos o desejo de vencer, isto é, fazer prevalecer a nossa vontade. De outro modo, desistir da nossa posição significaria perder. Ora, se for para manter a ideia de jogo e a gana pela vitória, melhor pensarmos em liderança. Um líder deve conhecer muito bem a si mesmo, seu ofício e todos os jogadores, aliados e adversários. Deve pensar de modo estratégico, mudar as táticas das jogadas e transformar a partida a seu favor. Deve ser flexível, adaptável às circunstâncias e sensível às transformações. Somos impotentes para mudar as outras pessoas, mas a mudança em nossas atitudes favorece a melhoria da qualidade das relações. Não há fórmulas para o autoconhecimento, mas alguns pontos são imprescindíveis, tais como abandonar posturas radicalistas, desistir da ideia de querer mudar o outro, vivenciar os próprios sentimentos, aceitar a frustração, aprender e praticar novas formas de pensamentos, atualizar o sistema de crenças. Afinal... ?Naquele tempo, Jesus contou uma parábola aos discípulos: ?Pode um cego guiar outro cego? Não cairão os dois num buraco? Um discípulo não é maior do que o mestre; todo discípulo bem formado será como o mestre. Por que vês tu o cisco, no olho do teu irmão, e não percebes a trave que há no teu próprio olho? Como podes dizer a teu irmão: Irmão, deixa-me tirar o cisco do teu olho, quando tu não vês a trave no teu próprio olho? Hipócrita! Tira primeiro a trave do teuolho, e então poderás enxergar bem para tirar o cisco do olho do teu irmão? (Lucas: 6,39-42).